quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O monstro chamado “não”

A gente sabe que conseguir um estágio não é coisa fácil. E, como estamos unidos pela publicidade, é sobre os estudantes dessa área que o DV vai falar um pouquinho. A quantidade de “não” que a gente leva nas agências é normal pra quem já viveu e sabe, mas é absurda pra a gente. A verdade é que um estagiário não tem que ter experiência, como muitas agências pedem. Mas, a gente sabe que sem experiência, conseguir um estágio é quase uma missão impossível. É uma frustração que acaba fazendo você considerar se deve continuar no curso. Bom, muita calma nessa hora. Se você está fazendo publicidade, faz porque gosta. Assim esperamos. Porque publicidade, venhamos e convenhamos, não é um curso que vai te deixar rico tão rápido. Então, presumimos que se você tá no curso, é porque quis vencer uma possível futura falta de dinheiro pra exercer a sua paixão. E se você gosta assim, futuro colega de profissão, você vai saber fazer certo.
Certo que o desespero toma conta, e você acha que não vai ter o seu lugar, mas é aí que vem a dica: se você for bom, o mercado é seu.
Uma coisa que decepciona é ver a quantidade de publicitário meia boca que atua por aí. E não, não estamos falando de publicitários que fazem propaganda ruim porque o público tem nível mais baixo. Estamos falando de publicitários que não sabem lidar com o job que têm nas mãos. É disso que a gente tira forças. Hoje em dia, quem entra pra fazer publicidade, entra porque é um apaixonado, e tudo feito com paixão, dá certo. Não eliminando, claro, algumas pessoas que entram no curso por querer um curso superior no currículo e achar que publicidade é coisa fácil. Mas você não é assim. (Por favor, não seja assim). A publicidade, não só a pernambucana, como a brasileira, ainda precisa de bons profissionais. Os poucos que existem hoje precisam de alguém que continue com o bom trabalho. É por isso que você tem que investir em você.
Seja bom. Seja ótimo. Invente uma nova palavra para descrever o quão excelente você vai ser. E não tenha medo de levar “não”, porque esses podem vir em quantidade.
Você pode levar a sorte de ser reconhecido em uma das suas primeiras tentativas. Se não, vai ganhar uma experiência: quando conseguir entrar numa agência, vai perceber que lidar com a reprovação do cliente é coisa para poucos, mas nesse ponto, você já vai saber que começar tudo outra vez pode render um final diferente.

sábado, 13 de novembro de 2010

Stop Motion

Quando vi pela primeira vez um vídeo feito no estilo stop motion (frame por frame, fotografia por fotografia, captura por captura, etc.), me surpreendi e virei fã incondicional dessa arte. O cuidado para com o preparo, o decorrer da produção e o zelo para que tudo se encaixe perfeitamente no final, são dignos de aplausos de pé. Separei aqui para vocês dois vídeos, um mais antigo e outro que acabou de sair do forno, literalmente. São dois belos exemplos de como a junção de pessoas dispostas a encarar o desafio e o bom gosto nos propiciam resultados surpreendentes e merecedores de ao menos um, "coloca mais uma vez. Quero ver novamente".
O primeiro vídeo foi feito para a Olympus e a galera tirou nada mais, nada menos que 60.000 fotos, fizeram 9600 impressões e depois mais 1800 figuretas. O resultado é uma história incrível. A trilha sonora também contribui para o clima do vídeo.


Esse segundo vídeo acabou de sair do forno literalmente e os responsáveis por ele, são os caras mais criativos que eu já vi no cenário musical, Ok Go. Mais uma vez, a galera teve a capacidade de deixar os queixos ralando no chão. Stop motion, já é algo foda e quando feito com torradas, isso mesmo, torradas, vira algo mais incrível ainda. As ilustras e a música, se encaixam de uma forma tão massa que só vocês vendo para tirarem suas conclusões.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Pra que serve o Twitter?


            Primeiramente, gostaria de dizer um “OI” a todos e principalmente aos meus leitores – oi mãe, oi vó! - e dizer que estou muito feliz de estar agora fazendo parte do DV. Então, vamos ao trabalho.
            Nesse ano assisti a três palestras que me levaram a pensar em escrever esse post. Na Semana de Publicidade da Católica, Eduardo Breckenfeld, planner da Gruponove, e Fernando Fontanella, professor da Católica, falaram sobre a internet e como a publicidade vem tentando usá-la. Mais recentemente, Anna Terra em uma palestra um tanto VIP e bastante empolgada explanou seus erros e sua visão sobre o trabalho do redator em mídias sociais. Mas nenhum deles nos deu uma fórmula, uma maneira concreta e direta de usar desse meio.
            Quando me refiro ao twitter não falo do site em si, mas, das redes sociais e da própria internet como meio. Ou seja, esse texto é uma mistura dessas palestras e fala de um assunto que é vital pra qualquer um que queira ser publicitário ou que já trabalhe com anúncios.
            É importante observar que a internet tem várias maneiras de ser explorada. Pode servir como mídia principal pra campanha, mídia alternativa, mídia focada, contato direto com as empresas e etc.
            A internet está sendo usada ainda como estudo pelos publicitários que se arriscam. O trabalho desenvolvido em cima dessa mídia é arriscado já que a mídia tem uma característica muito liberal. Para exemplificar, lembremos da Nike que permitia ao consumidor personalizar seu tênis através da internet e um dos caras pediu pra escrever algo tipo “a Nike explora crianças do terceiro mundo”. Esse é um lado perigoso do meio. É arriscado colocar sua marca sabendo que alguém pode chegar lá e “xingar muito no twitter” – frase “célebre” dita pelo menininho da família restart.
            Por outro lado, temos propagandas e ações que dão certo como a da Central de Londres feita pela T-Mobile - http://www.youtube.com/watch?v=VQ3d3KigPQM - onde todo mundo dança alegremente ou, como não citar, a campanha de Obama nos EUA. Outra ação foi feita pela MTV no Pimp my Fox. Esses exemplos conseguiram diferenciar-se e especialmente a T-Mobile que se arriscou de forma criativa e carismática.
            Não estou aqui pra dar uma solução que os palestrantes os quais assisti não deram. Estou aqui pra mostrar assim como eles que a internet ainda é um lugar em que devemos ter cuidado, mas que não devemos deixar de arriscar. Se muitas vezes clientes com potencial para o meio não arriscam conosco devemos argumentar e mostrar que é possível. Devemos estudar e nos adaptar a linguagem, independente de redator, atendimento, diretor de arte, mídia ou planner. Somos publicitários e estudar, adaptar, pensar e acima de tudo criar é algo inerente do ser publicitário.