Em uma das aulas de Redação Publicitária, a gente aprendeu sobre a linha criativa para a elaboração de campanhas. Foi mencionada, entre outras linhas, a comparativa, que é a de comparar o produto aos dos concorrentes, falando explicitamente sobre como a marca dona do comercial é melhor que as outras. A professora comentou que, por meio de avaliações das reações do público, o povo brasileiro não aceita muito bem esse tipo de linha por achar errado e sempre partir para o seguinte comentário: “Cuide do seu! Não tem pra quê colocar o outro pra baixo!”. Porém, com o mais novo comercial da Nissan percebi opiniões diferentes olhando os comentários a respeito dele, e talvez por aí a gente possa alcançar outro ângulo dessa análise.
A Nissan menciona agressivamente as marcas GM, Honda e Fiat, colocando o Livina (carro da Nissan) como o único que conquistou o que os outros não conseguiram.
Veja o vídeo clicando aqui.
A “não-aceitação do público” pode estar mudando? Pelos comentários, encontrei coisas como:
- “Essa propaganda foi criativa. Precisamos de mais propagandas assim.”.
- “Não há nada de errado em falar a verdade.”.
- “Se ele usa dados de avaliações reais de revistas, não vejo porque não mostrar que é melhor que os concorrentes. Quem dera se todas as propagandas fossem assim.”
Em outros países, essas propagandas comparativas são mais comuns, e adivinhe só: são muito bem aceitas. Por quê? Porque a instrução das pessoas é diferente. Elas enxergam que propagandas assim estimulam ainda mais a concorrência, e estimulando a concorrência, as empresas tendem a querer melhorar os seus produtos para poder vender. Ou seja, além de abrir os olhos dos consumidores por mostrar a verdade, ainda estimula a produção de produtos melhores para competir ao alcance, ou até melhor que os concorrentes. Não estamos falando que falar mal dos outros é legal, mas, pelo que se vê, essas propagandas não são feitas com o intuito de soar como maldade, mas sim de expor os fatos. Informações de verdade e produtos melhores, isso sim deveria ser o sonho dos consumidores. Eu acredito que esse tipo de propaganda seja uma coisa boa, mas será que aqui no Brasil viraria uma zona?
terça-feira, 28 de setembro de 2010
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Quando você conta que você vai fazer Publicidade
Se você tá pensando em entrar pro curso de publicidade, saiba quais são as respostas mais comuns de algumas pessoas, e se você já está cursando, relembre:
Dos seus pais: “Publicidade não dá dinheiro. É melhor fazer Direito porque é mais garantido.”.
Do profissional que já trabalha em agência: “Tá estudando? Ainda dá tempo de mudar de curso, hein?"
Do seu amigo-incentivo: “Super legal! Sempre te achei criativo.”.
Do seu colega-estraga-prazer: “Já pensei em fazer também. Desisti porque (Direito/Administração/outros cursos) dá mais dinheiro.”.
Dos seus pais: “Publicidade não dá dinheiro. É melhor fazer Direito porque é mais garantido.”.
Do profissional que já trabalha em agência: “Tá estudando? Ainda dá tempo de mudar de curso, hein?"
Do seu amigo-incentivo: “Super legal! Sempre te achei criativo.”.
Do seu colega-estraga-prazer: “Já pensei em fazer também. Desisti porque (Direito/Administração/outros cursos) dá mais dinheiro.”.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Estágio pra o criativo
A maioria dos estagiários de criação entra numa agência, pra o seu primeiro estágio, e quer revolucionar o mundo. Quer entrar já aplicando idéias diferentes, visões diferentes...
Natural.
O problema é que ele esquece que toda agência tem clientes com um formato, um estilo, um jeito que, até aquele momento, tá funcionando no mercado.
Quem estuda publicidade está sujeito a qualquer tipo de agência. Desde as que dão total liberdade e são bem abertas às idéias, até as que são mais fechadas, com fórmulas e cuidados.
Pode chegar a ser uma decepção quando o recém-chegado na agência se dá conta de que não vai poder explorar os “horizontes-da-sua-mente-criativa-sem-limites”. Mas, calma. Tudo é, de fato, um aprendizado.
O que funciona depende do cliente e da sua vontade de explorar. A agência dá suporte a isso. E o estagiário apóia a agência.
Numa agência “A”, que quer idéias novas e limpas, ele vai aprender a desenvolver essa habilidade, e a trabalhar com ela para atingir os objetivos da agência.
Na agência “B”, mais fechada, ele aprende a lidar com os estilos de anunciar mais tradicionais, com algumas fórmulas e suas aplicações. Porque até para usar clichês é preciso ter técnica, não é qualquer palavra que vende.
E, vamos lembrar, ele não é dono de nenhuma das duas agências. Ele não decide. Ele, simplesmente, aprende com quem já faz.
Estar ciente disso é tão importante para aprender, quanto seguir com o fluxo dos trabalhos.
Um aviso: criatividade sozinha não resolve. Ela tem que estar andando de mãos dadas com a solução para o problema do cliente.
Então, sem decepções, estagiário (ou futuro estagiário).
Mostre as suas idéias criativas sem medo, mas saiba que ela pode não ser tão genial quanto você pensa. Quem está no meio publicitário sabe do que fala. Então, ouça. Abra a cabeça.
Entre numa agência para aprender, mostre potencial e olhe sempre além. Não além do que faz sentido. Apenas além da sua zona de conforto.
Inove, mas, acima de tudo, entenda a agência.
E tenha certeza de que vai aprender, nem que seja como tomar um café sem sujar nada na cozinha da agência.
Natural.
O problema é que ele esquece que toda agência tem clientes com um formato, um estilo, um jeito que, até aquele momento, tá funcionando no mercado.
Quem estuda publicidade está sujeito a qualquer tipo de agência. Desde as que dão total liberdade e são bem abertas às idéias, até as que são mais fechadas, com fórmulas e cuidados.
Pode chegar a ser uma decepção quando o recém-chegado na agência se dá conta de que não vai poder explorar os “horizontes-da-sua-mente-criativa-sem-limites”. Mas, calma. Tudo é, de fato, um aprendizado.
O que funciona depende do cliente e da sua vontade de explorar. A agência dá suporte a isso. E o estagiário apóia a agência.
Numa agência “A”, que quer idéias novas e limpas, ele vai aprender a desenvolver essa habilidade, e a trabalhar com ela para atingir os objetivos da agência.
Na agência “B”, mais fechada, ele aprende a lidar com os estilos de anunciar mais tradicionais, com algumas fórmulas e suas aplicações. Porque até para usar clichês é preciso ter técnica, não é qualquer palavra que vende.
E, vamos lembrar, ele não é dono de nenhuma das duas agências. Ele não decide. Ele, simplesmente, aprende com quem já faz.
Estar ciente disso é tão importante para aprender, quanto seguir com o fluxo dos trabalhos.
Um aviso: criatividade sozinha não resolve. Ela tem que estar andando de mãos dadas com a solução para o problema do cliente.
Então, sem decepções, estagiário (ou futuro estagiário).
Mostre as suas idéias criativas sem medo, mas saiba que ela pode não ser tão genial quanto você pensa. Quem está no meio publicitário sabe do que fala. Então, ouça. Abra a cabeça.
Entre numa agência para aprender, mostre potencial e olhe sempre além. Não além do que faz sentido. Apenas além da sua zona de conforto.
Inove, mas, acima de tudo, entenda a agência.
E tenha certeza de que vai aprender, nem que seja como tomar um café sem sujar nada na cozinha da agência.
Marcadores:
Estágio,
Paty dos Anjos,
Publicidade e Propaganda
Assinar:
Postagens (Atom)