Hoje é muito mais difícil manter certas informações na cabeça. O número de informações recebidas por dia é gigante. A quantidade de empresas cresce, e o de anúncios cresce no embalo. Por experiência: alguns professores de publicidade, quando começam a falar de marcas, perguntam de quantos anúncios a gente lembra de ter visto no dia. A gente lembra de dois ou três, quando na verdade passa por dezenas deles só no caminho pra universidade. É muita informação, e a nossa atenção não dá conta de tudo.
Com essa saturação, acabamos nos dando conta de que o que desinteressa é o número de anúncios com propostas iguais. Agências que adotam um modelo de propaganda, e não sabem sair do óbvio. É isso que faz a gente passar os olhos por um outdoor e não ter vontade de lê-lo.
Os dois ou três anúncios que a gente lembra, chamaram a nossa atenção. Por qualquer motivo, mas chamaram. E para os outros, faltou o “uau”, faltou a captura de interesse.
E o que falta na propaganda pra evitar isso?
A propaganda tem que falar com o consumidor, e não ser simplesmente mais uma jogada no meio de tantas.
Vamos lembrar sempre que o que não acrescenta, vai ser descartado, e que o diferente fará, de fato, a diferença.
“Inovar: v.t. Fazer inovações em; introduzir novidades em. Renovar.“
Palavra que tá até virando até clichê, mas é isso.
Quando todo mundo estiver indo para um lado, vá para o outro. Descubra o que eles deixaram passar.
Pelas palavras daquele que se tornou um dos meus ídolos, Bill Bernbach: “Regra é o que o artista quebra; o memorável nunca surge de uma fórmula.”
E sim, ele revolucionou a publicidade. Você, se for publicitário, estudante de comunicação ou um interessado pela área, sabe disso.
Nadar contra o ritmo da cachoeira pode ser tão empolgante quanto pular dela.
Se jogar em um oceano de ideias, e ser como um pingo de óleo dentro d’água. É esse o objetivo.
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Concordo principalmente com o "ser como um pingo de óleo dentro d’água."
ResponderExcluirPenso exatamente assim!
ResponderExcluirPublicitários deveriam pensar assim sempre
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